As Rochas do Lajedo de Soledade, mais de 700 visitantes por mês num dos maiores sítios arqueológicos do pais já foi tema de documentário de 30 minutos na BBC de Londres. Ocupou páginas de revistas e jornais de circulação nacional e internacional. Foi tema de inúmeras reportagens na TV e em vários outros veículos de comunicação do Brasil. É fonte inesgotável de conhecimento científico para centenas de pesquisadores, inclusive as mais respeitadas do mundo. Recebe, por mês, até 700 visitantes, dos quais 90% são estudantes e professores.
O Lajedo de Solenidade, que antes era conhecido como Letreiros de Soledade, está entre os maiores sítios arqueológicos do Brasil, reconhecido hoje no mundo inteiro, especialmente pela comunidade científica. Porém, há menos de 50 anos, a região da Chapada do Apodi, onde está localizado, era apenas um local ideal para extração de pedra calcária para fabricação de cal e calçar as ruas da cidade de Apodi. Ou seja, não se reconhecia o valor científico, histórico e cultural das áreas rochosas chamadas Urubu, Araras e Olho D'água.
A primeira é conhecida por Urubu por ter formações rochosas escuras, pontiagudas e várias cavernas. A segunda, por ter gravuras feitas há centenas de anos, muitas parecidas com araras, nas áreas abertas pela força das águas no decorrer dos séculos. A terceira, por ter olho d'água aflorando em várias partes. Nas três são encontrados ossos calcificados de animais que viveram há mais de 100 milhões de anos.
Os geólogos Geraldo Gusso e Eduardo Bagnoli foram os primeiros a pesquisarem de fato o lajedo. Foram eles quem ajudaram na demarcação de 10 hectares das áreas de formação rochosa com maior valor científico e cultural, em 1988", conta Dodora, que na década de setenta já se pensava no local para desenvolver a região a partir do turismo ecológico ou científico.
De 1990 a 1993, através do geólogo Eduardo Bagnoli, a Petrobras passou a investir no local. Construiu museu, capacitou 10 (dez) guias e ajudou Dodora a criar a Fundação Amigos do Lajedo de Soledade (FALS) para administrar os recursos. Em 2001, o Geólogo Bagnoli e o guia Adailton Targino elaboraram um projeto que culminou com a FALS ganhando o prêmio Von Martius da câmara de comércio Brasil/Alemanha. Em 2002 começou a implantação da segunda etapa do projeto, que consistiu em capacitar os moradores a produzir artesanato e foi construído o Centro de Atividades do Lajedo. Mesmo sem um posto policial ou estrutura de saúde adequada, o Lajedo de Soledade recebeu mais de 80 mil pessoas de 1993 a 2009.
Adailton Targino presidente da FALS conta que mais de 90% das pessoas que visitam o Lajedo são estudantes secundaristas e universitários do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Pernambuco. "Em média, recebemos de 600 a 700 visitas/mês. Temos estrutura para receber até dois mil/mês, se for feita reserva", conta Cláudio Sena, lembrando que hoje o principal aliado da FALS pela preservação do Lajedo é a comunidade
FONTE - LAJEDO DE SOLEDADE
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