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terça-feira, 25 de junho de 2013

LAJEDO DE SOLEDADE

O clima é semi-árido e a temperatura elevada. Caminhar sobre os lajedos, no interior do Rio Grande do Norte, é uma atividade exaustiva, mas todo o esforço é recompensado pela paisagem exótica e única, que esconde fauna e flora peculiares, fósseis, cavernas a serem exploradas em cada fenda que se forma na cobertura de calcário, além de muita história deixada na forma de pinturas rupestres pelos primeiros habitantes da região.

Com extensão aproximada de 1 km² e localizado no distrito de Soledade, a cerca de 8 km a noroeste da cidade de Apodi, que fica a 76 km de Mossoró e 420 km de Natal, o sítio arqueológico do Lajedo de Soledade é um dos monumentos geológicos do Rio Grande do Norte. Depois de uma grande atividade de extração de cal, levando à parcial destruição do lajedo, a área passou por uma intervenção de geólogos da Petrobrás, pesquisadores e da comunidade local, que conseguiu salvar o Lajedo de Soledade no início da década de 90. Atualmente, a área é protegida por leis federais, estaduais e municipais, sendo um patrimônio do povo de Soledade e é aberta à pesquisa e visitação turística.

Em 1993, a Fundação Amigos do Lajedo de Soledade (FALS) conseguiu apoio da Petrobrás para fundar o Museu do Lajedo de Soledade, em Apodi. A construção se situa em uma das praças da cidade e a visita proporciona um bom conhecimento de geologia, além de painéis explicativos sobre a fauna que ali viveu, a arte rupestre, que é um dos principais atrativos turísticos do Lajedo, um pouco sobre as pesquisas realizadas na área, além de maquetes e utensílios de pedras utilizados pelos índios que habitavam a região. Artesãos da comunidade local replicam os desenhos que estão nos paredões do Lajedo em seus trabalhos, que também estão expostos e à venda no museu.

No momento, não há um incentivo ou patrocínio para continuidade dos treinamentos dos guias e investimentos no museu. Por enquanto, a visitação turística é que mantém as atividades no Lajedo, mas, a busca por patrocínios e apoios continua, na expectativa de valorização e preservação desse monumento geológico de grande importância para o Brasil.

No museu, há monitores que acompanham os visitantes até o Lajedo. O acesso se dá por estrada pavimentada e chegando ao local, a vista é fantástica. Uma enorme laje de cor acinzentada, recortada por ravinas, se destaca da vegetação de caatinga. Em alguns trechos, um riacho corre no fundo das fendas, contrastando com o clima árido e seco, e mantendo pequenos arbustos e árvores ainda verdes. Completam a vegetação os cactos e o xique-xique, que conseguem encontrar nutrientes mesmo no solo predominantemente rochoso.

A formação da rocha calcária acontece em fundo de mar, principalmente pela sedimentação de matéria orgânica. Na região do Lajedo de Soledade, essa rocha é das mais antigas do Brasil, tendo sido formada há 90 milhões de anos, quando os continentes africano e sul-americano ainda se encontravam unidos. A história geológica do Lajedo de Soledade passa ainda pelo soerguimento da região, erosão do solo e da rocha, até a fase atual, em que a cobertura carbonática se encontra exposta e sujeita às intempéries e erosão.

Há três áreas delimitadas para visitação no Lajedo, conhecidas por Araras, Urubu e Olho d’Água. Nos paredões e abrigos sob rocha podem ser observadas inúmeras pinturas rupestres, nas cores vermelho, amarelo e preto, obtidas através de materiais da região, como o óxido de ferro, sangue animas e gordura vegetal. As formas são variadas, com motivos da natureza, animais e formas geométricas. Uma das histórias contadas pelos monitores é que os desenhos com formato de mão são feitos quando o homem passa por uma provação, tendo, então, a permissão para deixar sua marca para a posteridade. Algumas pinturas estão mais escondidas, dentro de pequenas cavernas, como uma cena que remete à migração de pássaros, com um caminho de pegadas junto a um sol.

O observador mais atento encontrará diversas flores por entre as rochas, além de animais pequenos, como o calango, aranhas ou cobras, que também se escondem nas ravinas do lajedo. Segundo os painéis expostos no Museu do Lajedo de Soledade, os vestígios paleontológicos na região incluem restos de vertebrados quaternários, predominantemente mamíferos, que são encontrados nos sedimentos que preenchem as ravinas. Entre esses, foram identificados o bicho-preguiça gigante, o tatu gigante, mastodontes e tigres dente-de-sabre. Também são encontrados fósseis relacionados à fauna marinha, da formação geológica Jandaíra. Alguns desses fósseis estão situados no roteiro turístico de visitação ao Lajedo.

A visita ao Lajedo de Soledade, que dura em média 2 horas, é ideal para grupos de estudantes e de interessados em conhecer um pouco mais sobre a história geológica do sertão nordestino, além de histórias sobre os primeiros habitantes que viveram na região.

Outras atrações na região
Outras atrações nas cercanias de Apodi são a Gruta do Roncador, com 480 metros de extensão, indicada para quem já trabalha ou tem alguma experiência em cavernas, e a Barragem de Santa Cruz, segundo maior reservatório de água do Estado do Rio Grande do Norte, com 600 milhões de metros cúbicos.

Em Felipe Guerra, que fica a cerca de uma hora de carro de Apodi, há várias cavernas que podem ser visitadas, além de cachoeiras e olhos d’água, excelentes para se refrescar após um dia no sertão nordestino.

No caminho para Natal, pela estrada de Lages, destaca-se no meio de grande planície o Pico do Cabugi, com altitude de 500 metros, um neck sub-vulcânico que registra uma das mais jovens manifestações do magnetismo continental no Brasil.

Mais informações:

  • Museu do Lajedo – aberto de terça a domingo, das 7 às 12 horas e das 14 às 17 horas. Telefone: (84) 3333-1017.
    http://www.lajedodesoledade.org.br/
  • FONTE - 360 GRAUS
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